JOrnal BOM DIA BAURU - A Globo e a seleção

Viagem – observações 3
João Batista Chamadoira
jobachamna@uol.com.br
Cada país com sua cultura. Idioma, costumes, arte peculiar, marcas particulares.. Fala-se da formalidade e a fleugma do inglês; “la sangre caliente” do espanhol; uma certa delicadeza nos franceses; a comida e a afetividade do italiano; o jeito comedido e discreto dos orientais... Mas falta o brasileiro. O jeito do brasileiro seria o “jeitinho brasileiro”? Aquele jeitinho-malandragem-solução para tantos problemas? País Tropical (ah, Jorge Benjor)... E foi lá no Museu do Louvre, ao ver os pacotinhos de açúcar para o café, que a idéia veio à cabeça.Coisa óbvia, falar das diferentes culturas. Mas não falamos e há gente que nem quer discutir a corrupção dos nossos política por julgá-la óbvia. Assim, terminando a carne macia de veado com creme, pedi um café. E vi o açúcar. Uns cubinhos num papel com motivos ou símbolos brasileiros: a foto de uma mulata com pouquíssima roupa sambando, o Estádio do Maracanã e, felizmente, para dar um gostinho, uma foto do Corcovado. .Esperava ver o Abapuru da Tarsila, ou a Carmem Miranda, um Pixinguinha, escultura de Aleijadinho, Villa-Lobos..Seria mais difícil dos representantes modernos,como Chico Buarque, Gil, Caetano, pois haveria a questão dos direitos de imagem. O Brasil é muito mais do que aquilo: terra do futebol, da mulata, da bunda...
Doutor em Lingüística e Radialista – Unesp.

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