FILME "APROXIMAÇÃO" - JORNAL bom dia baURU

CINEMA
João Batista Chamadoira
jobachama@uol.com.br

No jornal, a foto do ex-governador Arruda e a mulher. Pergunto aos meus botões qual teria sido a reação da esposa ao saber dos vergonhosos atos do marido. Solidariedade? censura, repulsa...?
Mas hoje é dia de cinema. Em São Paulo, na semana passada, Pinacoteca do Estado, Museu de Língua Portuguesa e cinema. E no cinema um filme estranho. Mas estranheza maior pelo título do filme em português: Aproximação. O filme de origem francesa e israelita, dirigido pelo israelita Amos Gitai, mostra Uli (Liron Levo ) chegando à França para o funeral do pai. Encontra-se com Ana (Juliette Binoche), sua meia-irmã. Ao ver o testamento do pai, Ana se decepciona e tenta até mudá-lo desonestamente, pois Ana, sua filha que vive na Faixa de Gaza, no Oriente Médio, é a herdeira. Mas a autoridade, Françoise (Jeanne Moreau, ainda em forma), descobre e Ana vai a Israel para ver a filha e informá-la da herança. Ao chegar, assiste assustada os soldados israelenses, comandados por Uli, o meio irmão, retirarem à força os próprios israelenses que ali foram instalados pelo governo de Israel. O filme, assim, é sequência de separações. Começa com Uli num romance tórrido momentâneo, num trem, na Itália, com ma executiva palestina, casada com italiano. Depois a divisão que se processa na vida de Ana ao saber que sua herança vai para a filha na Faixa de Gaza. E se fala em inglês, francês, israelita. E termina com a separação de Ana e Dana, depois de se reencontrarem. O título original e Dseingagemengt
Professor de ornalismo, de lingüística, produtor radiofônico e membro da Academia Bauruense de Letras.

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