Mergulho

Crônica - BOM DIA - 26-10-07

MERGULHO

Cinema: Espaço Unibanco, rua Augusta, São Paulo.
- Por favor, a senhora poderia assoprar a fumaça para baixo?
Era eu(um chato?) a me incomodar coom o cigarro ali.
- Tente deixar o cigarro. Afinal, mais uma mulher bonita no mundo e menos fumaça no ar.
Desculpas gentis, sorrisos levaram a fumaça para longe.
O filme? Maravilhoso: Piaf: Hino ao amor. Assistir ao filme da história da cantora francesa Édith Piaf (1915-1963) é ver alguém mergulhar profundamente na vida e seus afluentes e, sem deter as lágrimas, buscar na existência e descobrir por que alguém pode, com tanto talento, perder tudo, morrendo tão cedo - 47 anos...
Do ponto de vista da personagem e, creio, da verdadeira Piaf, pode tudo não ser como eu penso. Mas vá ser maravilhosa e infeliz ao mesmo tempo lá longe... Infância infeliz, frustrações no amor, dependência da morfina (dez injeções por dia, na veia jugular)...
Sem a mãe, cantava para sustentar o pai. Descoberta como cantora na rua...
Viveu muito a vida de um lado; sofreu terrivelmente de outro. Não se arrepende. A música "Non, rien de rien/ Non, je ne regrette rien..." diz tudo. Parece mais a La vie en rose.
E falo com meus botões: e Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Elvis Presley, Elis Regina...
E a imgem daquela mulher lá no saguão, e a fumaça do cigarro... E as leis nos supermercados, nos aviões, nos ônibus, que protegem os que não fumam...
Mas a história de Édith Piaf, no cinema, me encantou. Me comoveu!! Maravilhosamente!!

0 comments: